segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Capitulo 2 – Pessoas
-Você precisa explicar logo de uma vez o que aconteceu aqui.
- Mais nada, eu já te disse tudo.
-Olhe esses homens lá fora não querem saber de enrolação nem de papo furado, não querem nem saber quem é realmente o culpado, só querem terminar o mais rápido possível com isso e voltarem para suas casas, você os tirou da cama as duas da manha pra vir com um papo de “não me culpem eu sou inocente, acreditem é verdade”, isso é assinar sua própria sentença de morte, se continuar assim é melhor confessar que você assassinou sua filha.
- Eu não a matei droga!  Ela é minha filha você sabe que eu não faria isso com ela, eu a amava, você podia acreditar em mim pelo menos dessa vez, eu já lhe disse tudo que eu sei.
- Mas só isso não é suficiente, se esforce mais, tente tirar algo de útil dessa sua cabeça oca.
 Levantei-me da cadeira e comecei a rodear a sala, fazendo ao meu estúpido irmão as mesmas perguntas que eu ia fazendo a mais de uma hora, ainda não tinha vindo com nada que pudesse salva-lo daquela situação, se não o conhecesse bem, e se não soubesse como aquele barrigudo careca amava aquela menina, já o teria apontado eu mesmo como o culpado.
- Então me deixe ver se eu entendi – comecei – você chegou em casa aproximadamente a uma e quarenta da manha, estou certo.
-Sim.
-Foi um dia estressante no trabalho, mas você conseguiu chegar cedo em casa,  então, como de costume, banhou-se e foi se deitar, mas quando o senhor entrou no quarto presenciou uma das cenas curiosa, sua filha estava deitada sobre sua cama, como estranhou a atitude da filha, se aproximou dela para tomar satisfações afinal já não era mais uma criança com medo do escuro,  mas ao ver que estava dormindo um sono profundo preferiu não acorda La, então se dirigiu a um dos outros quartos da sua magnífica mansão, e se deitou na primeira cama que encontrou, mas em menos de quinze minutos você acorda com o grito de sua jovem filha e corre desesperado para acudir sua adorável Deborah, mas ao invés  do quarto o grito vem na verdade da sala ao lado, e quando você entra, não preciso dizer o que você encontrou lá não é Mathias, sua filha morta no chão, com um corte no pescoço, que os policiais dizem possuir suas digitais,  e um bilhete na mão escrito com a caligrafia dela, pode ler para mim de novo por favor.
- Jonas não me faça ler isso de novo.
- você precisa – interrompi - sabe que pela pressa do seu assistente esqueci meus óculos em casa e não enxergo sem eles e ele alem de apressado não sabe ler.
- Arg são só duas palavras, e já li mais de cinquenta vezes, você tem tanto prazer assim em me ver sofrer – falou retirando o papel do bolso, era significativamente pequeno e possuía marcas de sangue, murmurou alguma coisa em francês, e começou a ler – PAPAI ASSASSINO – leu ele -  Satisfeito.

Nesse momento entrou na sala um homem de meia idade, Com poucos cabelos grisalhos  e um semblante sério e firme, tinha olhos azuis escuros como uma tempestade em alto mar, usava uma farda policial,  mas estava totalmente desarrumada, talvez pela urgência da chamada não tenha conseguido se arrumar direito, e demonstrava uma clara irritação por causa disso.
-Não podemos esperar mais Mathias – falou com uma voz firme - precisamos levá-lo agora .
-Mas ainda não terminei com ele.
-Vai ter que cuidar do seu irmãozinho depois Jonas, a Promotora exigiu a presença dele no tribunal está tarde, até lá ele terá que ficar na delegacia, mas não se preocupe vou arrumar uns colegas de cela bem legais pro seu irmãozinho rico – falou ele já pegando no braço do meu irmão que no momento parecia estar em choque.
-Se acalme – falei pra ele – eles não podem te machucar e o soldado de papel aqui sabe muito bem disso.

-Eu não apostaria nisso, pra onde ele vai não terá ninguém pra protege lo, lá ele é só mais um playboy rico e mimado, mais um brinquedinho para os presos, e pra mim ele é um dos piores assassinos que eu já vi,  então não merece nenhum cuidado especial, muito menos proteção.

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